quinta-feira, agosto 27, 2009

Música do dia


Benditas coisas que eu não sei

Os lugares onde não fui
Os gostos que não provei
Meus verdes ainda não maduros
Os espaços que ainda procuro
Os amores que eu nunca encontrei
Benditas coisas que não sejam benditas

A vida é curta
Mas enquanto dura
Posso durante um minuto ou mais
Te beijar pra sempre o amor não mente, não
mente jamais
E desconhece do relógio o velho futuro
O tempo escorre num piscar de olhos
E dura muito além dos nossos sonhos mais puros
Bom é não saber o quanto a vida dura
Ou se estarei aqui na primavera futura
Posso brincar de eternidade agora
Sem culpa nenhuma

terça-feira, agosto 25, 2009

Carta aberta

A internet tem várias vantagens: rapidez na troca de informações, no acesso às notícias de última hora, chance de reencontrar amigos, entre outras. Infelizmente, tudo tem um lado ruim e, no caso da internet, sua utilização por pessoas que não têm nada para fazer.

Já tenho o blog há quase três anos e seu único objetivo é ser um de minhas válvulas de escape. Não busco fama, não busco dinheiro. Não obrigo ninguém a entrar aqui e ler os posts. Nem divulgo o blog a quem não é meu amigo, porque não me interessa a pseudo-popularidade que a internet também traz.

Infelizmente, nos últimos posts, tenho recebido a visita infeliz de alguém que separa um pedaço do dia para me agredir, deixando comentários desagradáveis. Para piorar, tal pessoa é, além de desagradável, covarde, pois se esconde atrás do anonimato.

Portanto esse texto é um desabafo: quer discutir comigo, me xingar, mostrar o tanto que você não gosta da minha pessoa ou das minhas opiniões, tudo bem. Mas seja mais maduro e coloque seu nome lá. Seja adulto e faça críticas baseadas no real, e não no seu imaginário infantil. Se meus textos o desagradam, me faça um favor e pare de acessar o blog. Com certeza ninguém o obriga a fazê-lo, e eu garanto que não faço nenhuma questão. Reafirmo que não pretendo atingir nenhum número alto de leitores. Faço o que faço para mim, e não para você ou outra pessoa.

E agora que titia já deu atenção para a criança, vou voltar ao trabalho porque eu tenho mais o que fazer.

terça-feira, agosto 18, 2009

Tempo

Tenho 32 anos. Solteira. Sem filhos.
Isso não me incomoda muito, mas, pelo visto, incomoda os outros.
Fui fazer uma ecografia de tireóide esta semana e a médica, enquanto me melecava de gel e verificava a dita cuja, resolveu ir além. Perguntou minha idade, estado civil, se eu tinha filhos, se namorava... Por um momento achei que ela ia me passar uma cantada. Sei lá, o mundo está muito moderno.
Mas não.
Ela queria saber isso tudo para me lembrar que minha idade já está um tanto o quanto avançada e que se eu penso em ter filhos um dia, a hora é agora. De congelar meus óvulos. “Custa uns 15 pau”, fui informada. E mais: ela não o fez e, como se casou há pouco e beira os 40, está tendo dificuldade em engravidar. Então, pela lógica, vou seguir o mesmo caminho e passar pelos mesmos problemas.
Legal, né?
Resultado: descobri que minha tireóide está bem. Já o resto, pelo visto, nem tanto.

quinta-feira, agosto 06, 2009

Música do dia

Smile,
Tough your heart is aching
Smile,
Even though it's breaking,
When there are clouds in the sky, you'll get by
If you smile
Through your fears and sorrow, smile
And maybe tomorrow
You'll see the sun come shining through for you.
Light up your face with gladness,
Hide ev'ry trace of sadness,
Altho' a tear may be ever so near,
That's the time you must keep on trying,
Smile,
What's the use of crying,
You'll find that life is still worhwhile,
If you just smile.

(Smile - Charles Chaplin)

quinta-feira, julho 30, 2009

Viva o gordo

Dia desses uma amigona minha estava comentando, revoltada, a proteção que todo o mundo dá ao Ronalducho, aquele fenômeno. Tudo bem o cara joga um bolão, mas não é por isso que as pessoas são obrigadas a aceitar a redoma que estão pondo em volta do cara.

Primeiro, a mídia cobriu até a exaustão o caso dele com o travesti. Fofômeno estava sem time, gordo como nunca, meio desacreditado, caíram matando. Mas aí o Corinthians o contratou e tudo mudou. Ele foi do inferno ao céu. O travesti morreu de AIDS e a imprensa mal tocou no assunto. Destrincharam a sigla – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – para o povão não saber do que se tratava e ficou por isso mesmo.

Agora me deparo com a notícia de que ele se aproveitou da cirurgia que teve que fazer na mão após desabar em cima dela e fez uma lipo. A razão para a intervenção cirúrgica me matou de rir:

O nome científico para o problema de Ronaldo é lipodistrofia, que consiste no desenvolvimento irregular do tecido adiposo, ou seja, a popular gordura localizada. O processo é natural em homens com mais de 30 anos e, por conta da idade mais avançada, fica mais difícil de ser eliminado com dietas e condicionamento físico. Exatamente o caso do Fenômeno.(fonte: site G1)

Nome científico? Me poupe. O cara tinha um puta de um pneu, uma bóia, uma pochete, um bote na cintura! E o “problema” de Ronaldo, “natural em homens com mais de 30 anos”? Conheço um monte de gente – de gêneros e faixa etária variados – com o mesmo “problema”.

Mas, como diz o famoso Zina, no Pânico, “Ronaldo, brilha muito no Corinthians”.

terça-feira, julho 28, 2009

Trocando a capa

Dizem que não se pode julgar um livro pela capa. Neste caso, no entanto, julgo a mim, pois, o livro sou eu. E não estou nem um pouco satisfeita com o que tenho visto.

Sei que já disse isso antes, mas desta vez é sério. Hoje dei o segundo grande passo para melhorar minha vida. O primeiro, há três semanas, foi começar a malhar (valeu, F.!). E não é que eu estou gostando? Nem eu acredito. Até acordar cedo para malhar tem rolado. Muito de vez em quando, mas tem.

E hoje, às 6h45, levantei feliz, botei a roupa, catei o boné e fui para a rua. Correr. E olha que fui dormir às duas! Graças a R., professora/dona de academia/personal/empolgada/e gente boa pácaraca, que comprou minha idéia e topou a empreitada.

Vamos ver no que dá.

quarta-feira, julho 08, 2009

Cara rachada de vergonha

Primeira entrevista de emprego da vida. Estágio, na verdade, na assessoria de imprensa de um órgão do governo do DF. Murfy, que à época já me acompanhava, faz com que meu carro quebre lá na faculdade, em Taguatinga. Faz com que o reboque demore muito para chegar. Faz com que eu chegue atrasada e esbaforida à entrevista.

Meu “chefe” era conhecido devido ao fato de ter trabalhado na Rede Globo. Fiquei feliz em ver quem era porque tinha estudado com seu filho mais novo. Isso só podia contar a meu favor, caso o fato viesse à tona.

E veio, lógico. Não sei como, já no fim da conversa, falei onde tinha estudado e ele mencionou que seus filhos freqüentaram o mesmo local. Eu, bocuda de tudo, lembrei (convenientemente) que F. tinha sido meu colega. Educada, como mamãe ensinou, perguntei como F. estava.

“Chefe” engoliu seco. Seus olhos ficaram úmidos. Olhando para o chão, ele me informa que F. tinha falecido há algum tempo, vítima de um raro tipo de câncer.

Se alguém souber como se portar depois de um mega furo desses, me avise. Eu pedi pra morrer. Queria ser um avestruz e enfiar a cabeça no chão. Mas como não foi possível fazer nada disso, me desculpei e fui embora, arrasada, certa de que não tinha conseguido o estágio.

Mas, como sempre, deu tudo certo no final. E eu aprendi (ou não) a não falar sempre tudo que eu penso.